Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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Religiões e religiosidades no Brasil: articulações entre o público e o privado a partir do documentário Santo Forte (1999)
Gabriella Bertrami Vieira

Última alteração: 2021-06-16

Resumo


O presente trabalho tem como proposta discutir articulações entre religião e espaços de atuação públicos e privados, na década de 1990 no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, a partir do documentário Santo Forte (1999). Tal obra é fonte de nossa pesquisa de mestrado em andamento, e trata sobre religiões e religiosidades partindo do contexto e da narrativa de moradores da comunidade Vila Parque da Cidade, situada na cidade do Rio de Janeiro. Santo Forte tem como diretor Eduardo Coutinho e é gravado em 1997, mais especificamente no dia em que acontece no Aterro do Flamengo uma missa campal que celebra o Segundo Encontro Mundial com as Famílias, com a presença do Papa João Paulo II. A cerimônia, aparece várias vezes no decorrer da obra a partir de cenas diretas da mesma, partindo do público, ou por meio do aparelho televisor de alguns moradores, que assistem a missa de suas casas, mostrando o privado. Ainda, ao passo que o catolicismo está muito presente, também temos nos relatos dos personagens a presença do neopentecostalismo e de religiões mediúnicas, como o espiritismo e a umbanda. Portanto, intencionamos contextualizar e pensar essas relações entre os espaços, públicos e privados, com as religiões e religiosidades que permeiam a obra. Para tanto, elencamos o trabalho de Paula Monteiro (2006) sobre pluralismo religioso e esfera pública no brasil; como também o de Maria Lúcia Montes (1998), explorando as figuras do sagrado.

Palavras-chave: documentário, História do Brasil, religiões e religiosidades, público, privado.


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