Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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Nas páginas do jornal Movimento, fragmentos do cotidiano: A coluna Cena Brasileira e as mazelas sociais do Brasil
Arielle Rosa Rodrigues

Última alteração: 2021-06-12

Resumo


Em julho de 1975, na cidade de São Paulo (SP), foi fundado o jornal Movimento. Representante da chamada imprensa alternativa que circulou durante a vigência da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), o periódico ficou conhecido como o “jornal de jornalistas”, uma vez que a intenção era de que o jornal fosse propriedade de quem nele trabalhasse. Durando 334 edições, o jornal encerrou suas atividades em novembro de 1981. Contrapondo-se e contestando o regime ditatorial vigente, o jornal Movimento voltou-se para a análise do tempo presente em que circulava. Nesse sentido, a ênfase dada ao contexto sociopolítico do processo de abertura política “lenta, segura e gradual” foi uma constante na medida em que seu desenrolar refletia direta e/ou indiretamente nos variados âmbitos da vida sociocultural e econômica do país. Contudo, para além da dimensão política associada às altas esferas governamentais, o periódico também se dedicou a discussão de problemas que assolavam cotidianamente o Brasil tais como baixos salários, transporte, moradia, saúde pública, etc. Deste modo, a presente comunicação oral objetiva analisar - segundo a metodologia da Análise do Conteúdo - como a coluna Cena Brasileira era um espaço voltado para a reflexão e crítica das mazelas socioeconômicas que eram presentes no Brasil no período de circulação do jornal.

Palavras-chaves: Cena Brasileira, jornal Movimento, imprensa alternativa, ditadura civil-militar.


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