Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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Silenciando imagens, (des)construindo memórias
Maria Inés Travieso Rios

Última alteração: 2021-06-13

Resumo


Ao considerar a cidade como um organismo vivo, em constante processo de transformação, o propósito deste estudo é pesquisar as imagens patrimoniais como imagens de memória. A presente investigação surge das especulações teóricas, entre professora e aluna, a partir da dissertação de mestrado sobre o Casco Fundacional de Colônia de Sacramento (1680), no Uruguai. Este sítio iniciou o século XX deixado à margem da expansão urbana sendo reconhecido em 1995 como Patrimônio da Humanidade. Em um século a reconstrução de suas edificações passa a compor o imaginário da comunidade, saindo da invisibilidade, uma memória urbana não apenas para a cidade, mas também para o país. Ao compreender as políticas de patrimonialização como políticas de memória – neste processo de transformação do significado urbano de um território com tantas camadas, rastros de distintas temporalidades – como as imagens das outras memórias (a de seus moradores) foram silenciadas para construir uma memória oficial? Numa cultura visual como a nossa, a ocidental – que precisa ver para crer – apagar imagens da cidade significa apagar a memória? Por fim, a partir das pesquisas para o doutorado, pretende-se provocar uma reflexão inicial sobre as atuais (não)políticas de salvaguarda e o consequente desaparecimento destas imagens. Na busca de contribuir numa estruturação de subsídios teóricos que possam auxiliar nos processos de salvaguarda patrimonial.

Palavras-chave: Imagem, transformação urbana, memória urbana.


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