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A partir do início do século XX, no Brasil, os discursos sobre a infância passaram a afirmar que o infante quando desamparado econômica e/ou moralmente pela família necessitaria de intervenção estatal. Nesse contexto, o menor torna-se alvo do discurso médico, pedagógico, psicológico e jurídico.  Aqui, cabe destacar o papel da imprensa escrita – jornal – que através de denúncias, propaga uma campanha moralizadora e, assim, idealiza a proteção e o amparo para os infantes pobres e abandonados. Este estudo, procura analisar, através do jornal Tribuna Criciumense, selecionados entre 1980 e 2000, o discurso jornalístico que ao escrever suas “verdades” cristalizava práticas, que acabavam por estereotipar os sujeitos sociais, com representações distintas entre meninos e meninas.