Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Cultura caiçara e Políticas de Patrimônio: entre memória e esquecimento
Alex Sandro Santos Fonseca

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo analisar aspectos da relação entre os poderes públicos e as comunidades tradicionais, no que tange à elaboração de políticas de preservação do Patrimônio Cultural e da Memória local. Nesse sentido buscou-se observar alguns recortes referentes à comunidade caiçara de Camaroeiro em Caraguatatuba/SP e a atuação dessa comunidade frente ao processo de preservação e apagamento da memória, assim como a elaboração de processos de resistência e reafirmação da identidade. Historicamente a cultura caiçara foi elaborada, documentada e reconhecida como cultura rústica de modelo fechado e conservador, que constitui suas práticas a partir de diferentes formas de sociabilidade ligadas ao cotidiano do trabalho e do lazer nos litorais da região sudeste e parte da região sul do Brasil. Contudo, nota-se que os processos de preservação dessa cultura, entendida como patrimônio local, em alguns casos, são responsáveis também pela cristalização de algumas práticas no tempo. Caracterizando dessa forma as políticas de memória como políticas de esquecimento, uma vez que não reconhecem a mobilidade e maleabilidade inerentes à cultura caiçara. Finalmente, pretende-se apresentar elementos que compõem essa tensão entre os poderes públicos e as comunidades tradicionais na elaboração de políticas de preservação do patrimônio e sua recepção por parte da comunidade.

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