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A relação existente entre história e cinema pode ser compreendida como bastante estreita já que, em muitos casos, estes âmbitos se entrelaçam na construção da memória e na identidade de uma nação. A história e o conhecimento que esta produz são, muitas vezes, fonte de orientação para as narrativas cinematográficas, que por sua vez, influenciam na compreensão e atuam como um facilitador de acesso da história. Portanto, são apresentados pelo cinema-história representações sociais a partir da construção imagética da realidade gerando interpretações coletivas de um mundo comum. O cinematógrafo não fornece, com certeza, um retrato fiel da história, mas, o que ele fornece é uma representação que, para muitos espectadores, é incontestável e de uma verdade absoluta. Assim, a sétima arte provem da união de avanços técnicos e artísticos que ao se relacionarem com o espectador criam um constante fluxo de interação, uma relação de identidade. Desta forma, este trabalho propõe refletir acerca desta relação: o papel do cinema, através da ficção, para a história da humanidade, percebendo o filme como produto de consumo massivo construtor e manipulador de memória e imaginário comum. Discute-se, de maneira específica, o cinema-história e a sua função enquanto formador de memória coletiva, sobretudo através do uso pedagógico das produções brasileiras.