Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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O caso Camanducaia e o abuso policial: como a revista Veja abordava o abuso policial a menores infratores (1968 – 1988)
Júlia Rodrigues Vieira

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


O menor infrator era um problema crescente na cidade de São Paulo de acordo com a revista Veja. Ao longo dos anos de 1968 até 1988 (recorte temporal do trabalho) o número de menores aumentava os abrigos e internatos não eram suficientes para atender a demanda. As especificidades na justiça a determinavam que para uma apreensão era necessário um flagrante, contudo os tipos de crimes por esses cometidos tornavam os flagrantes raros de acontecer, não solucionando o problema. O trabalho a seguir pretende pegar como estudo de caso, Camanducaía para debater e questionar o abuso policial com os menores infratores. Entre os pontos de análise estão à descrição dos menores e de suas infrações, as diferenças dos menores que não passam por abusos e até que ponto o meio jurídico contribuía para que tais ações fossem feitas. Para contribuir a discussão, outras reportagens também serão citadas para enriquecer o debate. Serão analisados os discursos colocados na imprensa, compreendendo discurso sobre as definições de Michel Foucault. A proposta é perceber através das reportagens e das cartas dos leitores quais os argumentos estavam sendo utilizados para lidar com a questão do menor infrator. Com isso torna-se plausível pensar na eficácia da revista em divulgar sua perspectiva sobre o assunto e sua maneira de generalizar as informações e um discurso e mediando a formação de uma opinião pública.

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