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Este trabalho busca problematizar a produção de identidades/identificações e outras práticas socioculturais de populações afrodescendentes que vivem nas "comunidades quilombolas" de São Roque e do Rio do Meio, situadas no município de Ivaí, Sudeste do Paraná, entre os anos de 1990 e 2013. Pretende estudar intersubjetividades presentes nestas experiências coletivas de afirmação de territorialidades negras e/ou quilombolas em relação/tensão com outros grupos sociais étnicos constituídos e ou estabelecidos na região desde o início do Séc. XX, entre os quais, alemães, ucranianos e poloneses. Almeja investigar a produção de memórias e identidades desses grupos que instituem rupturas em relação ao passado, haja vista o complexo processo assistido no Brasil das últimas décadas, que viu ampliar debates e reivindicações das populações afrodescendentes. Mas, ao mesmo tempo, se preocupa com permanências destes traços em razão da sobrevivência de questões vinculadas a dinâmicas vividas na região no tempo anterior. Põe-se aberto ao diálogo com debates multidisciplinares acerca das práticas socioculturais, pensadas como dinâmicas intersubjetivas, que devem permitir uma apreensão de historicidade de sujeitos individuais e coletivos. Neste sentido, a produção de narrativas orais, via a metodologia de história oral, apresenta-se como fundamental, haja vista que permite produção de memórias e narrativas de identidades.