Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Cruzando Mídia, gênero e culturas infantis enquanto possibilidades de resistência, transformação e novos agenciamentos
Juliane Di Paula Queiroz Odinino

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


É cada vez mais visível e perturbadora a dicotomização masculino/feminino consolidada no contexto das culturas infantis. A análise, parte de uma pesquisa pós-doutoral, pretende compreender os processos que desencadeiam as diferenças assentadas sobre as categorias de gênero e infância as quais, por sua vez, são atravessadas por outras como etnia, idade, classe social, consumo, estilo de vida e religião. Como recorte foram selecionadas as relações estabelecidas nos contextos escolares, cujo espaço tem se consolidado atualmente como privilegiado para a constituição das coletividades infantis. Saltam aos olhos a centralidade que os conteúdos midiáticos têm usufruído na contemporaneidade, revelando-se um dos maiores fornecedores de elementos que irrigam as subjetividades e os imaginários de meninos e meninas. O objetivo do artigo é o de destacar as questões que envolvem hoje a problemática de gênero incidindo sobre as culturas infantis, a fim de pensar possibilidades de atuação e intervenção que incitem a superação e a resistência junto às crianças contra padrões e estereótipos amplamente difundidos pelas mídias de largo alcance. A estratégia escolhida é a de desenvolver vídeos com as crianças sobre suas vivências e culturas a fim de promover a reflexividade. Busca-se neste processo que sejam propiciadas inovadoras experiências de gênero entre outras construções, as quais possam ser calcadas em corolários de respeito, de liberdade e de criatividade aliados à prática da alteridade.

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