Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Um homem, um manuscrito, um lugar: Rui Rojas e o livro que inventaria o quadro antigo do cemitério ecumênico São Francisco de Paula
Bruna Frio Costa

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


O objetivo principal deste artigo é mostrar o quanto podemos descobrir sobre uma pessoa e um lugar através das escritas ordinárias, tendo como objeto o livro manuscrito que inventaria o Quadro Antigo do Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula e seu criador, Rui Rojas. Com o falecimento de seu pai, Elias, Rui, o filho mais velho tornou-se seu sucessor e entre 1972 e 1975 exerceu as funções de capataz do cemitério, tempo o suficiente para que fizesse uma contribuição importante para o Quadro Antigo: um inventário. A preocupação em preservar estes dados em um livro faz-nos pensar na afirmação de Artières de que devemos manter arquivos para recordar e para existir no cotidiano. Duas metodologias foram escolhidas: pesquisa documental, pois, o estudo se baseia em documentos originais, que ainda não receberam tratamento analítico e história oral, pois, segundo Delgado, história oral e pesquisa documental se auxiliam de forma mútua. Ricardo Rojas, sucessor de Rui, foi entrevistado. Concluímos com este trabalho que “para existir, é preciso inscrever-se”. E, propositalmente ou não, foi o que Rui fez. Em função de já ter falecido, temos conhecimento de sua existência pelo fato de Ricardo, afirmar que foi ele quem escreveu a primeira versão do livro. O livro, certamente, não nos fornece detalhes da vida pessoal de seu autor, todavia é intenso naquilo que manifesta: a vontade de organizar um local extremamente importante para ele, parte significativa de sua vida.


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