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Este texto é um exercício descritivo da aproximação ao caderno escolar, no intuito de expor as categorias de análise que surgem no primeiro encontro com dito artefato, sob o interesse de interpretar as representações que nele refletem ao estudante de pedagogia PUC/PR. Faz parte de um estudo inserido na História da Educação, apresentando o caderno como fonte indicativa de subjetividades de quem o usa, na sua relação com saberes escolares, exibindo detalhes que tentam situar a priori a particularidade do individuo (Heller, 2000). A partir dos questionamentos: Quais os critérios para configurar uma estrutura de análise? Como decifrar os códigos que o caderno oferece? se estabelecem categorias suportadas na especificidade do objeto, tendo a base teórica da História Cultural (Chartier, 1990), da História Social da Cultura Escrita (Gómez, 2012) e de conceptos em torno da grafia (Kandinsky, 2003). Se consideram além algumas pesquisas desenvolvidas nos últimos cinco anos, que entendem o caderno como fonte que desvela práticas: Mignot 2008, Oliveira 2008 e Cunha 2013. Resultado parcial deste estudo é o encontro de recorrências, inovações, alternâncias, sequências e marcas afines ao uso (Certeau, 1996) que o estudante da ao caderno como espaço de registro e ferramenta de trabalho, para concluir que este transcende a materialidade e mostra apropriações e práticas do dono e seu contexto.