Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Transcrição, transcriação, traição? As relações entre o oral, o escrito e a materialidade dos suportes pensadas por meio da transcrição na história oral.
Karla Simone Willemann Schutz

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


As transcrições de entrevistas baseadas na metodologia da história oral aparecem para os historiadores que as utilizam como ferramenta importante para a construção da narrativa historiográfica, em especial da História do Tempo Presente, levando-se em conta a profusão de testemunhas disponíveis aos pesquisadores que se dedicam a problematizar períodos mais recentes. A fala é enquadrada em um discurso escrito por uma necessidade acadêmica, pois a grande maioria da produção histórica é divulgada por meio da cultura escrita. No entanto, não é muito comum aos que utilizam ou produzem transcrições se perguntar sobre o contexto de suas produções, ou sobre as relações entre a oralidade e a cultura escrita ali imbricadas, e ainda, sobre a materialidade dos suportes envolvidos na produção de uma fonte oral (cassete, cd, texto escrito, vídeo, etc.) e a produção de sentido diferenciada que cada um destes meios é capaz de produzir. São estas as questões que norteam a tessitura do presente trabalho - desdobramento da pesquisa em andamento Lembranças revisitadas: as entrevistas de Simão Willemann, memória e história oral em Santa Catarina (1975 – 2013) - , que utilizando transcrições produzidas por um historiador na década de 1970, pretende pensar as relações entre a oralidade, a escrita e a materialidade dos suportes - que acondicionam este oral e este escrito - e, de que forma estas relações aparecem no caso das transcrições em história oral.

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