Última alteração: 2021-06-16
Resumo
A partir do conceito Feminismo Matricêntrico, da autora Andrea O’Reilly (2016), distinguem-se conceitualmente maternidade e maternagem, com objetivo de valorizar o debate no feminismo acadêmico. A perspectiva fundamenta esta pesquisa na revisão bibliográfica sobre a contribuição dos estudos maternos na História do Tempo Presente diante das narrativas da História das Mulheres e dos estudos de Gênero. Nesse sentido, as relações de gênero e o feminismo suscitam o tema maternagem, que foi pouco desenvolvido no feminismo de segunda onda em detrimento do tema maternidade, como um novo campo de estudos e práticas sob o locus social e político das mães no século XXI. Analisa-se a conceituação de maternidade essencializada e maternagem intensiva, que mantêm uma hierarquia de gênero e o capitalismo neoliberal nesse segmento, o trabalho doméstico e as tarefas de cuidados nas famílias, além das discussões acerca do feminismo matricêntrico para valorizar o feminismo das mães. Assim, ampliam-se os estudos maternos que, desde os anos 1980, pensam sobre questões de gênero vivenciadas pelas mães através da história das mulheres, como uma categoria social e política, a qual reconhece suas diferenças integradas e legitimadas em um feminismo próprio.
Palavras-chave: Gênero, maternagem, História das Mulheres, História do Tempo Presente.