Pretende-se discutir as experiências da “Casa del Museo” como processos de ressignificação através das memórias das comunidades envolvidas e, também, das vivências dos profissionais que atuaram no seu desenvolvimento. O projeto “Casa del Museo” foi criado em 1972, como um dos desdobramentos das discussões realizadas durante a Mesa Redonda de Santiago (1972), reverberando os desafios apontados durante os debates. O projeto foi gerido por Mario Vázquez, como uma sede alternativa e descentrada do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), contando com apoio de profissionais como Coral Ordóñez, Cristina Antúnez e Míriam Arroyo na sua consolidação. Entre 1973 e 1980, a “Casa del Museo” teve o objetivo de realizar a integração do espaço do museu na vida das comunidades através do trabalho interdisciplinar e colaborativo, refletindo sobre os desafios presentes a partir dos usos dos passados das populações de localidades da Cidade do México. Entende-se que, nesta experiência, o passado foi deslocado para o presente ao reativar os repertórios de mulheres e homens que participaram do projeto, com o uso de seus arquivos e na (re)incorporação das suas memórias como patrimônio. Nessa perspectiva, serão analisadas as publicações produzidas pelo MNA, pelo Instituto Nacional de Antropología e Historia (INAH) e os relatos produzidos pelos profissionais que atuaram no projeto.

Palavras-chave: Memória, museu, performance, patrimonialização.