Última alteração: 2021-06-16
Resumo
Essa apresentação tem como objetivo discutir as noções de progresso e desenvolvimento a partir de trabalhos bibliográficos que possibilitam perceber o progresso enquanto uma “ideologia de redenção” e que este pode ter impactos na natureza e na identidade de populações tradicionais. Segundo o pensamento desenvolvimentista, o progresso econômico pode ser alcançado quando há projetos de obras e construções financiadas pelo dinheiro público, ou pelo menos, essa é uma projeção. O progresso é violento na medida em que se manifesta através de obras que atingem o modo de vida e trabalho das populações tradicionais; percebe-se uma violência externa (à natureza) e interna (ao sujeito) quando há uma imposição de um padrão de vida mediado pelo capital a outro modo de vida tradicional. Conceitos como violência e identidade foram discutidos a partir de bibliografia especializada. Nesse sentido, a ideia foi perceber como o Estado, aliado ao capital na tentativa de alavancar o progresso de regiões avaliadas como atrasadas, impôs projetos de obras públicas e investimentos, e isso tem desdobramentos nas vidas dos sujeitos que os envolvem. Além disso, essa ideologia, quando materializada, produz uma história oficial e pública do progresso, do avanço, em contrapartida que produz outras memórias e perspectivas dos atingidos por essa “tempestade do progresso”.
Palavras-chave: progresso, populações tradicionais, identidade, violência.