Última alteração: 2021-06-16
Resumo
A abertura do processo de beatificação em 1952 foi responsável por inscrever no tempo como acontecimento a morte violenta de Albertina Berkenbrock, ocorrida em 1931. Durante a década de 1950, alguns impressos foram responsáveis por divulgar o seu martírio para além da comunidade de Imaruí/SC, onde a menina nasceu. Contudo, é apenas em 2007 que Albertina fora consagrada mártir da Igreja Católica. Diversas biografias foram escritas na primeira década do século XXI a fim de divulgar sua história para um número cada vez mais amplo de fiéis. Assim, este trabalho apresenta resultados parciais da dissertação de mestrado da autora e tem como principal objetivo investigar de que maneira o discurso pós-beatificação fora produzido e difundido através da biografia escrita pelo jornalista Albi Israel da Silveira. A partir de estudos que discutem a construção de biografias e da perspectiva da História do Tempo Presente, pretende-se observar as repetições de um passado que traçam sentido para a beatificação da menina desde o seu nascimento, bem como as relações de gênero e sexualidade presentes no discurso religioso.
Palavras-chave: História do Tempo Presente, biografia, discurso religioso, santidade feminina, Albertina Berkenbrock.