Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078

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"Vi um homem rasgar o papel em que estavam escritas as três letras, que ele tanto amava": trabalhismo e socialismo na construção do Partido Democrático Trabalhista (1968-1980).
Victor Emmanuel Farias Gomes

Última alteração: 2021-06-16

Resumo


O processo que levou à fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), além da derrota na batalha judicial pelo registro do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), envolveu uma tensão e articulação entre setores vinculados à tradição trabalhista, que buscavam apresentar-se com roupagem atualizada para o momento da redemocratização, e militantes que tinham como objetivo a formação de uma organização com programa socialista. Este trabalho objetiva discutir a formação do PDT a partir das questões levantadas à época acerca das concepções de partido e de programa que rondavam a construção da nova organização. O recorte temporal inicia-se em 1968, onde encontramos registros de uma articulação oposicionista que pensou a criação de um partido que carregaria o mesmo nome daquele fundado em 1980. O PDT, que não passou de uma conversação em 1968, certamente não é o mesmo que ganha vida na abertura política. Porém, os dois momentos mostram o movimento de atração e distanciamento entre socialistas e trabalhistas. A hipótese levantada é que há uma tênue continuidade entre a ideia que tentou ganhar forma em 1968 e o partido de doze anos depois, expressa na sobrevivência da aliança conflituosa entre trabalhismo e socialismo, no nome da nova agremiação e em um dos sujeitos presentes nos dois períodos, o intelectual Edmundo Moniz.

Palavras-chave: Trabalhismo, redemocratização, partidos políticos.


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