Última alteração: 2021-06-12
Resumo
No filme Maria Madalena (2018), uma biografia lançada pela Universal Pictures, há uma narrativa sobre a personagem que se destoa das demais. Não mais uma prostituta, ou mulher perseguida por adultério, Maria Madalena é apenas uma aldeã, que rejeita um casamento arranjado e sai de casa para acompanhar um profeta. Sendo este filme o objeto deste trabalho, identifica-se, nos discursos de seus produtores, a necessidade de reparar o equívoco em relação à personagem, apresentando “a história de Maria Madalena que nunca foi contada”, nas palavras do diretor Garth Davis. Esta comunicação tem como objetivos: identificar algumas disputas de narrativas em torno do filme; que discursos são mobilizados nelas; que camadas temporais estão presentes nesta produção. Para tanto, a narrativa fílmica será contrastada com fontes como vídeos, jornais, revistas, matérias de blogs especializados etc. Como resultado, espera-se lançar um olhar sobre as seguintes questões: o filme Maria Madalena (2018) simboliza resistência às narrativas tradicionais sobre a personagem? A produção fílmica abre espaço para a existência de um protagonismo feminino dentro das narrativas religiosas?
Palavras-chave: Maria Madalena, gênero e religião, disputas de narrativa.