Última alteração: 2021-06-16
Resumo
Na proposta de apresentar os clubes negros paranaenses, seus diferentes processos de fundação, bem como a situação e o funcionamento de tais clubes na contemporaneidade, o atual trabalho parte do pressuposto de que há inúmeras estratégias associadas aos feitos da preservação, e uma das mais utilizadas é a patrimonialização, que por vezes se constitui enquanto realidade ambígua para os gestores dos bens tombados, mas que ao mesmo tempo demarca uma necessidade de salvaguarda e valorização destes patrimônios, o que na ótica do tempo presente evidencia a importância das lutas identitárias imbricadas neste processo. Dito isso, este trabalho tem como objetivo compreender quais clubes negros paranaenses foram sujeitos de políticas de patrimonialização local e como isso está associado à visibilidade das culturas que neles se consolidaram e a garantia de direitos de memória para seus frequentadores ou participantes. As problematizações se darão com base na análise de duas fontes, ambas organizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A primeira refere-se ao questionário de mapeamento dos clubes negros do estado e a segunda trata-se de um folheto de divulgação de uma exposição acerca dos mesmos, datada de 2019, que conta com breve histórico das instituições, imagens e principais características. A metodologia aqui utilizada é de natureza qualitativa (MINAYO, 2001; BAUER, GASKELL, 2002), pautando-se também em uma pesquisa bibliográfica (GIL, 2002).
Palavras-chave: clubes negros, patrimonialização, Paraná.