este artigo é uma reflexão sobre as relações estabelecidas entre a Polícia Feminina paulista com as famílias migrantes, compostas principalmente por mulheres chefes de família, nas estações de trem de São Paulo nos anos de 1950. Partindo dos mapas estatísticos, das imagens fotográficas e dos relatórios diários de ocorrências produzidos pela Polícia Feminina, analiso o discurso policial sobre a chegada e partida de mulheres migrantes com seus filhos e netos na cidade de São Paulo. Através da categoria gênero é discutido o olhar estatal que recaía sobre as mulheres migrantes e também sobre a construção da imagem da “policial feminina”.