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Desigualdade e a crise financeira mundial: o dinheiro financeiro e a maior concentração de renda da História
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
Em sua etapa financeira, o capital criou uma ruptura do vínculo exclusivo entre Estado e dinheiro, e o deslocamento do poder dos Estados para o capital financeiro mundial, criando insegurança nos Estados nacionais e a possibilidade constantes de crises geradas por fugas massivas de capitais especulativos. Este poder está concentrado nas mãos de poucos especuladores internacionais que movimentam bilhões de dólares todos os dias. Segundo relatório apresentado em 2014 no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), 85 pessoas detêm 46% da riqueza do planeta. O relatório mostrou que no ano de 2013, os 10% mais ricos do planeta detinham 86% da riqueza mundial, sendo que destes, 0,7% tinham US$ 98,7 trilhões e a posse de 41% da riqueza mundial, volume considerado a maior concentração de riqueza já registrada na História da Humanidade. Este “seleto” clube de bilionários, donos de grandes bancos, fundos de investimentos e monopólios, controla a indústria, o comércio e a agricultura do planeta. No período de 1982 a 2000 o ritmo de crescimento dos ativos financeiros mundiais cresceu a uma taxa média de 14% ao ano, dobrando a taxa de crescimento do PIB do planeta que no período de 1982 a 2008 foi de 6,7% ao ano. Nesta corrida, o capital financeiro deixou pra traz os agentes econômicos individuais, as empresas que necessitam de produtos físicos para gerar lucros, a influência do poder político local e a soberania dos estados independentes, impondo as regras do jogo financeiro mundial.
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