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Quando o regime militar começa a dar sinais de exaustão e abertura, a classe empresarial da cidade, que havia se beneficiado do “milagre econômico”, passa a se precaver contra a ideia de que “Joinville pudesse tornar-se uma sucursal do ABC”, “contaminada” pelas lutas operarias que ocorriam na grande São Paulo. Com base nessa premissa, o poder econômico local, empreende um autêntico combate ao fomento de uma identidade e de uma cultura política de esquerda que estava em fase de gestação na maior cidade operária de Santa Catarina. Combater isso era na verdade lutar contra tudo que pudesse representar uma ameaça ao seu domínio naquele momento. Para o que contou com o aparato repressivo do estado autoritário, que ainda manifestava sinais de atuação naquela época. Deste modo as forças que procuraram reprimir o movimento sindical (e os movimentos sociais em geral) na cidade durante o processo de democratização conjugaram agentes do regime com as elites locais. O presente trabalho, inscrito na História do Tempo Presente tem por base um corpus documental assentado na coleta de depoimentos orais, complementado por fontes impressas da mídia local depositadas no arquivo público da cidade.