Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Mangás e uso público do conhecimento histórico: reflexões a partir do conceito de Cultura Histórica
Janaina de Paula do Espírito Santo

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


O presente texto parte das reflexões de minha pesquisa de doutorado, em andamento. Seu objetivo é refletir sobre o uso público do conhecimento histórico, em mangás publicados no Brasil na última década, especificamente àqueles que se dedicam ao período histórico da Segunda Guerra Mundial. Tal escolha se dá em uma tentativa de entendimento de como essa tensão entre cultura e consumo servem de elementos balizadores da cultura histórica tanto enquanto experiência de um passado quanto como estruturador de uma narrativa e de experiências de vida. Segundo Rüsen o processo de leitura histórica do mundo é um processo de construção identitária,que, no caso do mangá, um produto cultural utilizado propositadamente para reafirmar valores de uma identidade nacional (etnocêntrica), profundamente consolidada não só através dele, buscaremos perceber como a construção da história pelo “outro” (o oriental) nos permite problematizar as narrativas constituídas: os temas selecionados, as temporalidades, a tensão entre o ficcional e o histórico entre outros. Analisando as seguintes obras: “Gen Pés Descalços”, “Adolf”, “1945”, “El Alamen”, “Hiroshima” e “Hetalia” damos conta de cobrir todos os mangás “históricos” sobre o tema disponibilizados para o público brasileiro. Os mangás publicados dentro do período que abarca a pesquisa conhecerão um consumo considerável, sendo importante perceber que a demanda por mangás acabou por transformar profundamente o mercado editorial de quadrinhos no país.

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