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A chancela da paisagem cultural brasileira em Santa Catarina: possibilidades e desafios
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
A paisagem cultural é incorporada ao rol de categorias de reconhecimento dos bens culturais pela Unesco desde 1992 e reflete uma valorização da relação do homem com o meio ambiente. No Brasil, o conceito é adotado no novo instrumento de salvaguarda, denominado Chancela da Paisagem Cultural Brasileira, e tem o seu primeiro exemplo aplicado em dois núcleos rurais representativos da memória dos imigrantes no Estado de Santa Catarina: Testo Alto em Pomerode e Rio da Luz em Jaraguá do Sul. Diferente do tombamento, também aprovado para as propriedades acima, a chancela possui uma postura mais dinâmica e pretende oferecer soluções alternativas aos conflitos de interesses, propondo um acordo entre os agentes envolvidos. Entretanto, enfrenta, desde os primeiros momentos, dificuldades e adversidades em seu processo. Diante de seu caráter flexível, verifica-se o não comprimento de seus acordos, cabendo ao tombamento o papel eficaz de barrar as descaracterizações dos bens. Logo, o trabalho proposto procura investigar quais são esses entraves e quais as reais possibilidades frente um instrumento tão recente e com tantas dificuldades de se estabelecer. Deseja, além de dialogar com a extensão do tempo presente ao tratar de um tema tão afim à disciplina, articular as múltiplas possibilidades e desafios presentes nesta ferramenta, desde seu estabelecimento no Brasil e em Santa Catarina, através da avaliação dos documentos, cartilhas e artigos produzidos em seu contexto.
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