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A partir das observações dos jornais diários na cidade de Campina Grande – Paraíba na década de 1980, pretendemos analisar, neste texto, como a mídia apresenta os ciganos e alguns aspectos culturais desta etnia, porém com ênfase nas questões relativas aos desvios das normas de condutas que afetariam o cotidiano da cidade. O objetivo é perceber de que forma as narrativas construídas pelos jornais Diário da Borborema, Jornal da Paraíba e Gazeta do Sertão constroem estereótipos, que associam certas práticas de crimes a este grupo. Com a publicização e exposição destes sujeitos nos jornais, estes meios de comunicação influenciaram a sociedade campinense na construção de uma representação negativa dos ciganos, propagando e reforçando na população, sentimentos de medo e de curiosidade, o que contribuiu e ainda contribui para a repercussão do conjunto de discursos preconceituosos que frequentemente são relatados na contemporaneidade.Palavras-chave: ciganos, imprensa, representações, história.