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Autoritarismo, violência e exílio nas ditaduras militares latino-americanas
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
Nos anos 1960 e 1970, a América Latina vivenciou um período de violência e autoritarismo causado pela instalação de ditaduras militares nos países que compõe o continente. Nesta época, muitas pessoas viram-se obrigadas a abandonar seu país de origem motivadas por questões políticas. Tendo em vista esse movimento de migração forçada, o presente artigo – decorrente da pesquisa de mestrado intitulada O percurso político de Leonel de Moura Brizola no exílio uruguaio (1964-1977) – objetiva apresentar o exílio como mecanismo de repressão e exclusão política utilizada pelas ditaduras latino-americanas para afastar adversários e estabilizar a nova ordem, como ocorreu no Brasil. Ao longo da pesquisa, procuramos utilizar algumas tendências teóricas que permitiram acompanhar a trajetória de um político como Brizola. O uso da biografia foi uma delas, uma vez que há autores que reavaliaram o seu uso para o estudo de sociedades passadas. Dessa forma, a ênfase na trajetória de um indivíduo faz sentido porque a biografia mostra o que é potencialmente possível em determinada sociedade, estabelecendo um equilíbrio entre a singularidade da trajetória individual e o sistema social como um todo. Pretendemos, dessa forma, apresentar alguns resultados da pesquisa em relação ao exílio de brasileiros que pediram asilo no Uruguai, caminhando entre o individual e o coletivo, visando compreender as perspectivas de quem sofreu com este mecanismo de exclusão em tempos de ditadura.
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