Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, II Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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A resistência política do desbunde na encenação da peça O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, feita pelo grupo Teatro Oficina de São Paulo em 1967
José Gustavo Bononi

Última alteração: 2014-09-25

Resumo


O artigo pretende analisar a construção de um imaginário da resistência política, inscrito em discursos de época e do tempo presente, acerca das representações da encenação da peça O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, feita pelo grupo Teatro Oficina de São Paulo no ano de 1967. Pretende-se, com isso, observar e problematizar o papel de determinadas expressões estéticas dos anos 1960 enquanto resistências político-culturais, dando ênfase no caráter contestatório da expressão cultural do desbunde, muitas vezes reduzida a conceitos deterministas como contracultura e alienação. Objetiva-se trabalhar com discursos da crítica teatral especializada, de José Celso Martinez Corrêa (fundador do grupo e o responsável pela direção da montagem da peça em questão), de outros sujeitos envolvidos diretamente nesta produção, além do da própria linguagem artística. Leva-se em conta, para isso, a ideia de resistência enquanto uma categoria teórica, além dos preceitos da análise do discurso francesa e da História Cultural. Procura-se compreender de que forma surge no teatro um novo meio político e contestatório em um período de aumento gradativo da repressão e do sentimento de opressão político-cultural no Brasil: o corpo.

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