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A participação política das mulheres negras comunistas durante a ditadura militar no Brasil (1964-1984)
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
Este projeto de tese visa analisar a trajetória política e ideológica das mulheres negras que se engajaram nas organizações de esquerda para combater a ditadura militar. Na perspectiva de transformar totalmente a sociedade, elas aderiram primeiro a uma ideologia – o comunismo. Em seguida, elas se afirmaram como novos sujeitos políticos e exigiram o reconhecimento das suas diferenças e desigualdades de gênero e de raça. O foco central da pesquisa é compreendermos o interesse que as mulheres negras comunistas tiveram durante o período ditatorial, pelas problemáticas ligadas às discriminações de gênero, de raça e de classe social. Nessa direção, objetivamos também uma melhor compreensão dos principais desafios e dificuldades de seus planos de ação, suas habilidades em combinar ideologia comunista e novas referências sobre o papel subalterno das mulheres e dos negros, e, enfim, os conflitos, as formas de exclusão e de submissão com as quais elas tiveram que lidar cotidianamente. Como as protagonistas estão vivas e exercendo ações políticas até o presente momento, foi escolhida a história oral como principal metodologia para o desenvolvimento desse trabalho de pesquisa. Esses documentos serão em seguida analisados com outras fontes documentais tais quais os panfletos, os jornais e as pautas das reuniões do partido comunista, do movimento feminista, negro e do movimento das mulheres negras.
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