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A proposta desta comunicação é apresentar relações entre as mudanças que atingiram a vida religiosa feminina a partir dos anos 1960 e os discursos sobre emancipação feminina, veiculados especialmente no ano de 1975, em função das comemorações do Ano Internacional da Mulher. A partir de documentos eclesiásticos e periódicos impressos, compreendidos, segundo Tânia de Luca, como fragmentadas versões do cotidiano, observamos em que medida os discursos que anunciavam a emancipação feminina foram incorporados por revistas e jornais brasileiros. Tais mídias buscavam tanto divulgar quanto explicar as transformações que atingiam a vida religiosa feminina no período. Neste sentido, especial atenção foi concedida aos debates em torno do gradual abandono do hábito religioso e sua substituição por vestes civis. Tais questões serão norteadas pela adoção do gênero como uma categoria de análise e de corporalidade, como um atributo identitário a partir do qual atribuem-se sentidos e definem-se espaços sociais.