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Objetiva-se neste trabalho apresentar a experiência das mulheres na região central do Paraná, verificando como as ações dessas agricultoras foram sendo construídas ligadas ao sindicato dos trabalhadores rurais de Pitanga, os mecanismos de mobilização do movimento, percebendo assim, seus aspectos organizacionais. Os discursos e os canais de mobilização presentes no contexto são também propósitos de análise. Fundado em 1984, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pitanga torna-se o elemento fundamental de organização política das mulheres trabalhadoras rurais da região. Dentre outras reivindicações, a valorização do trabalho das mulheres no campo adquire destaque nas discussões, essas projetadas no campo político, onde as mulheres começam a atuar e protagonizar, modificando sua inserção na rede de poderes e transformando as relações sociais e de gênero. Pretende-se realizar o trabalho a partir de um diálogo empírico com o material informativo produzido pelo próprio movimento de mulheres: Relatórios, atas, entre outros, além disso, pretende-se articular a informação documental com a memória oral e com as teorias dos Movimentos Sociais Rurais, como: Francisco Carlos Teixeira, Maria Yeda Linhares, Ciro Flamarion Cardoso, Maria Ignez Paulilo, Anita Brumer, entre outros. Neste sentido, procurar-se-á identificar singularidades na atuação das mulheres, procurando congregar elementos de gênero e identidade com a condição de classe social.