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A construção da hegemonia: a Ditadura Militar e a repressão aos brizolistas em 1964
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
O Golpe de 1964 faz 50 anos. Ocasião, portanto, de debater o estado atual dessaquestão na memória e História do Brasil. Nesse sentido, é objetivo dessetrabalho problematizar a instalação da ditadura militar nos idos de abrildaquele ano. Com efeito, uma de suas linhas interpretativas aposta na “batalhade telefonemas” como síntese explicativa das contradições de então. Buscandorefutar a abordagem pela implícita negação à violência catalisada pelosgolpistas, o trabalho proposto se debruça sobre uma das faces da truculênciainstitucional do regime que se iniciava: a perseguição aos brizolistas. Por conseguinte, ver-se-á que, fazendo uso do aparelho coercitivo, o novo governoobjetivou silenciar vozes dissonantes, tais quais as vistas como ameaçadoraspelo seu prestígio junto a determinados setores sociais. Nessa perspectiva,seguidores de Leonel Brizola, notadamente adeptos dos “Grupos de Onze”, surgemcomo alvos preferenciais nas buscas desfechadas pelos órgãos de manutenção daordem. O projeto alternativo de sociedade que tais homens defendiam era seucrime. Assim, tomando como arcabouço teórico noções gramscianas, como a deEstado ampliado, propõe-se uma análise sobre a repressão a petebistas nopós-golpe, notadamente os líderes da ala mais à esquerda daquele partido.Procurar-se-á, pois, perceber em que medida o combate a trabalhistas compõe umaagenda de luta pela hegemonia por parte do Estado que ainda buscava afirmação.
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