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Este trabalho tem como objetivo compreender a migração trabalhadores brasileiros para a tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana durante os anos 1980 a 2010. Para isso parte de um pressuposto em que é possível perceber as possibilidades de análise em torno da cultura e da identidade desses migrantes, que assumem direções diferentes e variadas. Assim, atrela à noção de fronteira à compreensão das práticas culturais e identitárias, uma vez que a fronteira representa um ambiente privilegiado para a análise do processo de construções e reconstruções das identidades. Dito em outras palavras, a fronteira se constitui de inúmeros empréstimos culturais entre os sujeitos que os produzem e aos poucos vão modelando os aspectos históricos e socioculturais desse lugar. Desta forma, esta pesquisa objetiva demonstrar, a partir das teorias da identidade social, que a migração de brasileiros para a tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana relaciona-se a diversos processos como trabalho, desenvolvimento econômico, identidade, cultura e etnicidade. Embora ainda seja uma proposta inicial de um projeto de doutorado, a pesquisa pretende utilizar a abordagem qualitativa para efetuar a reconstrução da trajetória histórica e social, procedendo a análise do contexto social e cultural de cada interlocutor. Em vista dos argumentos apresentados, conclui-se que a dinâmica identitária indica constantes mobilizações sociais e culturais entre os migrantes brasileiros e a população local.