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O presente trabalho é resultado de uma pesquisa situada no Tempo Presente, que teve como foco mulheres trabalhadoras bancárias entre as décadas de 1960 e 1980 no estado de Santa Catarina em dois bancos públicos. Utilizando-se da metodologia da História Oral, este trabalho lida, antes de tudo mais, com narrativas, memórias e representações, e historiciza como as mulheres se inseriram nos bancos a partir da década de 1960 carregando consigo as “marcas” de gênero. A partir de entrevistas orais, o texto do presente simpósio analisará as trajetórias de seis mulheres: de representante de misses da categoria, com formação de normalistas e exercendo a profissão de professoras, as quais trocaram pela de bancária, até atuantes feministas, as trabalhadoras bancárias fizeram parte de um amplo processo em transformação na sociedade brasileira das décadas de 1960 a 1980: a ida das mulheres, sobretudo das camadas médias, para o mercado de trabalho. Como se verá, a análise das trajetórias revelaram permanências no tocante às tradicionais “ocupações femininas” indicando profundas desigualdades de gênero no trabalho bancário.