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A década de 1990, com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, foi marcada por grandes mudanças na legislação destinada ao público infanto-juvenil. O foco deste trabalho concentra-se nas mudanças relacionadas ao abrigo e ao sistema de abrigamento. Algumas foram percebidas de modo mais nítido: a extinção dos orfanatos, o surgimento dos pequenos abrigos, acompanhando a ideia de casa-lar. Os letreiros foram suprimidos e o número de crianças e adolescentes diminui, isso para propiciar um atendimento personalizado. No entanto, além de perceber as mudanças nas instituições de abrigamento, esse trabalho tem por objetivo conhecer a motivação que resultou na medida de proteção, ou seja, entender por que a criança/adolescente fora retirada de seu núcleo familiar consanguíneo e enviada para um abrigo. As fontes para este trabalho são fichas de identificação do Abrigo Lar Vida Nova, instituição de abrigo que acolhia meninas, com faixa etária de zero a dezoito anos, na cidade de Criciúma durante a década de 1990. Assim delimita-se o recorte temporal e territorial.