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O objetivo do artigo é trabalhar a relação mulher e indumentária no início do século XX, durante a Belle Époque carioca – época de transformações sociais e culturais na capital da República -, a partir dos usos que tais mulheres faziam das roupas para conseguirem se comunicar dentro do meio social. Uma vez que o mesmo pertencia aos homens. Deste modo, usando a indumentária como meio de empoderamento e subversão para negociar melhores condições as mulheres. Neste sentido, esbarramos em dois conceitos que serão trabalhados no desenvolvimento do texto, o de ressignificação social - visto em Peter Burke - e de poder - detalhado por Foucalt. Essas mulheres eram geralmente ligadas a movimentos feministas, portanto, o texto será dividido em duas partes: uma análise da sociedade da época para se entender a situação da mulher e sua vestimenta perante aos conceitos vigentes, e na segunda parte uma análise de imagens da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, tendo como figura central Bertha Lutz e sua indumentária, para assim delimitar quais eram as intenções, construção de imagens e identidade que, especificamente, essas mulheres, que eram principalmente ligadas ao meio político, proporcionaram para a figura feminina. Das quais, podemos notar, que essas imagens e jeito de se vestir da mulher, tem reflexo no tempo presente.