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Cinema da Feminização dos Fluxos na Mobilidade Recente: Transições Migratórias, identidades de Gênero e a Abordagem da Distancialidade
Última alteração: 2014-09-25
Resumo
O cinema ‘migratório’ tem tido especial atenção sobre como os deslocamentos agem com grande poder de influência sobre a esfera das estruturas e dos laços psicossocioafetivos, causando impacto na capacidade de reorganização da identidade e na forma de amparo regular dos âmbitos psicológicos individuais. As transições migratórias, como importantes life events, podem ser dolorosamente vividas como trauma, reduzindo o preparo emocional e a organização psicológica do sistema cultural. As ‘desraízes’ da situação de mobilidade forçada, abalam estruturalmente as percepções subjetivas, tornando as experiências de deslocamento potencialmente problemáticas para os sujeitos e envolvidos nas migrações. O artigo pretende explorar como essas questões são entendidas a partir da análise cinematográfica entre a migração feminina e as dialéticas de gênero, observando a percepção das subjetividades femininas expostas no que convencionamos chamar de cinema da alteridade peregrina. Nesse sentido, o trabalho pretende produzir possibilidades de análises fílmicas sobre a construção cinematográfica contemporânea a partir das noções concorrentes ao feminino e ao gênero através de leituras fílmicas, exemplificadas em dois filmes com o tema, Princesas (2005) e Ilegal (2010) posteriores a década de 1990, quando o cinema passa mais frontalmente a incorporar a dimensão sociológica atual sobre a imagem das mulheres migrantes nos deslocamentos de população.
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