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Os movimentos messiânicos chamados por Maria Isaura Pereira de Queiroz de "rústicos", de um modo geral, têm se apresentado em várias regiões do Brasil. Proponho apresentar minha pesquisa desenvolvida sobre o curandeiro, o místico Miguel Ramos de Oliveira, que, em meados do século XX, liderou inúmeras famílias, atraindo-as em torno de suas ideias sobrenaturais da iminência do fim do mundo. Com a finalidade de conhecer a história do movimento Tio Miguelzinho, assim denominado, e a relação aos recursos utilizados em seus rituais de cura, foi necessário recorrer às entrevistas com os remanescentes. Sendo este um trabalho pioneiro, foi de fundamental importância a contribuição, através da oralidade, de alguns poucos e idosos remanescentes. A metodologia utilizada nesta pesquisa, dedicando-se as fontes orais, foram muito úteis os ensinamentos de Janaína Amado, José C. S. B. Meihy, entre outros. Observa-se, neste contexto, que a religiosidade popular buscou caminhos alternativos para encontrar soluções socioeconômicas negadas pela religião oficial e pela políticas do poder publico.