Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Políticas públicas e o dinamismo socioeconômico no Brasil contemporâneo: Breves considerações
Carlos José Espíndola

Última alteração: 2017-10-14

Resumo


Depois de duas décadas de baixo crescimento econômico, a economia brasileira apresentou, após 2003, uma melhora considerável do seu desempenho. Entre 2003 e 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) da economia brasileira cresceu em média 3,9%.  Esse aumento foi fruto direto das medidas político-institucionais implantadas pelo Governo Federal, tais como: ampliação do crédito ao consumidor, a transferência de renda, como o Bolsa Família, a política de valorização do salário mínimo, as medidas de  ampliação dos programas sociais (Fome Zero, Minha Casa Minha Vida, PROUNI, PRONAF, entre outros), a valorização e expansão da atuação do BNDES para os estímulos dos investimentos públicos e privados, a criação de uma série de mecanismos de desonerações tributárias e a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para o comércio exterior, as medidas políticas traduziram-se na simplificação dos procedimentos e da legislação para promoção comercial, bem como se criou os programas de financiamento das exportações, via redução do custo da linha pré-embarque do BNDES/Exim. O resultado final das políticas publica adotadas foi uma onda de inversões centradas na expansão, diversificação e inovação, que promoveu um ciclo expansivo da economia brasileira entre 2003 e 2011. Esse crescimento foi ainda impulsionado, externamente, pela liquidez financeira mundial, pelas baixas taxas de juros no mundo, pelos investimentos externos diretos (IED) e pela elevada demanda mundial de commodities (agroalimentares e minerais). Assim sendo, este texto tem como objetivo desvendar as principais políticas públicas adotadas pós-2003 e o seu reflexo no dinamismo socioeconômico no Brasil contemporâneo. Para tanto, foram coletados dados no Banco Central, Dieese, BNDES, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no portal da transparência do governo federal, em artigos publicados e informações ofertadas pela mídia.

 


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