Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Brizola vive: a presença da memória de Leonel Brizola na política nacional (2004-2014)
Graziane Ortiz Righi

Última alteração: 2017-10-16

Resumo


Este  artigo  abordará  a  presença  da  memória  do  político  sul-riograndense  Leonel Brizola na política nacional brasileira, de 2004, ano da sua morte, até 2014. Trata-se de um recorte da nossa pesquisa de doutorado que está em sua fase inicial. O legado político e a imagem de Brizola têm sido utilizados por seus herdeiros políticos – os netos Juliana Brizola (PDT), Carlos Daut Brizola (PDT) e Leonel Brizola Neto (PSOL); por seu partido, o PDT; e também por outros políticos que se autodeclaram brizolistas  – como é o caso do deputado estadual do Rio Grande do Sul, Pedro Ruas (PSOL), por exemplo. A despeito de sua morte, a memória do trabalhista segue vigente. É possível encontrar a reprodução da frase Brizola Vive com o intuito de manter suas ideias e seu modus operandi de fazer política presentes. Quanto aos  usos  da  imagem  de  Leonel  Brizola  para  fins  eleitorais,  devemos  considerar  as especificidades da cultura política brasileira, marcada pela presença de herdeiros políticos que constroem suas carreiras vinculadas a sobrenomes tradicionais. Dados de 2016 demonstraram que  cerca  de  50%  da  Câmara  Federal  é  ocupada  por  herdeiros  políticos.  Números  tão elevados  comprovam  o  quanto  é  rentável  o  atrelamento  da  própria  candidatura  a  ilustres sobrenomes  da  seara  política  reconhecidos  pela  sociedade.  Brizola  talvez  seja  um  dos políticos contemporâneos mais lembrados, mesmo após mais de 10 anos da sua morte. Seu nome e legado continuam no imaginário popular, por isso, não causa espanto a recorrência à sua lembrança nas campanhas eleitorais. Utilizamos como referencial teórico as análises sobre Memória,  Marketing  Político  e  notadamente  o  debate  sobre  História  do  Tempo  Presente. Nossa  pesquisa  conta  com  uma  gama  diversa  de  fontes:  imprensa,  campanhas  eleitorais  e documentos  oficias,  como  Diários  do  Congresso  Nacional  e  Sessões  da  Assembleia Legislativa do Rio  Grande do Sul. Entretanto, para este artigo em específico nem todas as fontes serão incluídas.

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