Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Comunidade islâmica de Florianópolis: imigração, dilemas e tensões
Andréa Fátima Salvador

Última alteração: 2017-10-14

Resumo


Toda comunidade é formada a partir da integração de diferentes processos. No caso da comunidade islâmica de Florianópolis o primeiro fluxo imigratório (a partir de 1940) foi decisivo para a constituição da comunidade pois foram estes indivíduos que possibilitaram o estabelecimento de redes de sociabilidades num contexto de necessidade de adaptação ao território receptor. Novos processos imigratórios foram estabelecidos, bem como a inserção de indivíduos não árabes a comunidade através da reversão ao islamismo construindo, assim, uma complexa teia de relacionamentos, estabelecendo seus espaços de pertencimento e percebendo dilemas e tensões diante do enfrentamento das diferentes identidades. Para a compreensão destes processos foi necessário o detalhamento dos diversos fluxos imigratórios, das relações intergeracionais estabelecidas e da inserção de novos sujeitos de origem não árabe a esta comunidade, percebendo de um lado um conjunto de crenças e práticas herdadas da cultura de origem (constituída por símbolos que orientam o cotidiano) e, de outro, um conjunto de crenças e hábitos do país receptor, com os quais estes indivíduos terão que interagir e socializar. A problematização dessa comunidade percebida como árabe, que compartilha símbolos e signos culturais diversos daqueles entendidos como ocidentais, nos coloca diante do espaço da memória e da experiência desses indivíduos. Em meio a globalização, compreender o fenômeno imigratório, bem como o intrincado jogo de identidades que se estabelece nos direciona a questionamentos importantes e necessários para os estudos do tempo presente.


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