Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Música, mulher, uísque e folia: a representação da mulher no jornal O Guaíba durante os carnavais da década de 70
Ricardo Figueiró Cruz

Última alteração: 2017-10-11

Resumo


A  presente  comunicação  tem  por  objetivo  apresentar  como  era  representada  a mulher no Jornal “O Guaíba”, durante as edições que noticiavam o carnaval na década de 70. Nesse sentido, serão analisados os exemplares do jornal que circula na cidade de Guaíba/RS, região metropolitana de Porto Alegre, desde o ano de 1969 até os de hoje. A utilização da imprensa como forma de observar o pensamento da época, onde podemos verificar também o que era vendável no período. A utilização de jornais em pesquisa torna-se possível dentro da produção historiográfica a partir dos anos 70, quando ao lado da História da imprensa e por meio da imprensa o próprio jornal tornou-se objeto da pesquisa histórica, como nos mostra Luca  (2015).  Onde  outro  campo  temático  que  corrobora  a  afirmação  é  o  dos  estudos  de gênero, onde se utilizam de periódicos como forma de alimentar suas produções acadêmicas, como exemplifica Luca (2015). Sendo assim, as mulheres ainda sofrem preconceitos e são desvalorizadas, sofrendo diversos tipos de violência, desde a simbólica, até físicas, morais, psicológicas,  pois  somos  fruto  da  sociedade  patriarcal  machista  onde  a  mulher  é especialmente  objeto  de  consumo  e  usada  para  estimular  o  comércio  e  ser  ela  mesma comercializada, como se fosse uma coisa, um mero produto e não sujeito histórico. A imagem da mulher ainda é reduzida às suas genitálias. E seu corpo, especialmente às nádegas e seus seios ter sido transformado pela sociedade e divulgado pela mídia como símbolo da mulher brasileira.  A  superexposição  do  corpo  feminino,  pela  mídia,  reforça  a  violência  e  a desvalorização sofrida pelas mulheres historicamente, e está violência simbólica passa muitas vezes, do imaginário para uma violência concreta e contribui para consolidar o discurso social machista enraizado numa sociedade patriarcal.

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