Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Jovens da comunidade remanescente quilombola da colônia Sutil e suas perspectivas externas
Merylin Ricieli dos Santos

Última alteração: 2017-10-12

Resumo


O presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada na comunidade quilombola da colônia Sutil (Ponta Grossa-PR) acerca dos jovens que residem neste local, através do projeto de extensão “Voz Ativa”. A pesquisa teve três objetivos: 1º Entender como é vista pelo jovens a questão da Identidade negra/identidade quilombola; 2º Verificar se os jovens negros querem ou não deixar a comunidade; e 3º Analisar a situação dos jovens negros nos ambientes externos a sua comunidade. Os referenciais teóricos utilizados para a problematização deste estudo correspondem a Dayrell (2002, 2003), Bento & Beghi (2005), Gomes (2005) e Hall (2008). O corpus utilizado para análise desta produção foram questionários mistos respondidos pelo público alvo, bem como um diário de campo, objeto este que conta com registros significativos sobre o perfil de cada jovem que participou do projeto. Com a realização desta pesquisa foi possível compreender que os jovens entrevistados se veem como negros pertencentes a uma comunidade remanescente quilombola, mas não como quilombola. Percebemos que a vontade de deixar a comunidade é mais comum nas idades mais avançadas e a evasão se concretiza com o atingir da maioridade. Em relação à situação dos jovens negros e negras nos ambientes externos a sua comunidade, concluímos que há um choque social que norteia a vida diária desses sujeitos. Percebemos, ainda, que o projeto de extensão “Voz Ativa” conseguiu atingir seu objetivo ao possibilitar que os participantes do projeto na Colônia Sutil refletissem sobre a (re) construção de identidade quilombola.


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