Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

Tamanho da fonte: 
A instituição do patrimônio histórico e artístico nacional na Argentina: o censo de monumentos e agentes envolvidos (1938-1946)
Maine Barbosa Lopes

Última alteração: 2017-10-13

Resumo


Por decreto do Poder Executivo nacional, de 28 de abril de 1938, foi constituída a Comisión Nacional de Museos y Monumentos y Lugares Históricos, organismo que passou a ter a gerência sobre “os lugares, monumentos, templos, casas e museus históricos” da Argentina. Conforme o decreto que regulamentou as funções da Comisión, Nº 84.005/41, esta deveria elaborar um censo geral de “monumentos e lugares históricos e histórico-artísticos situados dentro da jurisdição territorial da República” (art. 5º). Desse modo, o organismo deu continuidade às atividades que já vinha realizando, elegendo delegados nas províncias e territórios do paíse estabelecendo o modelo de ficha do censo. Para a elaboração desse censo, a instituição contou com informes tanto dos delegados quanto dos próprios vogais do organismo e do seu arquiteto adstrito, Mario Buschiazzo. A partir disso, a Comisión deliberava as listas dos bens a serem protegidos e as encaminhava ao Poder Executivo nacional, solicitando a declaratória respectiva. O trabalho aqui proposto examina – no marco da primeira gestão da instituição – como se deu a formação desse censo ou das listas de bens a serem declarados, explorando o papel dos delegados e dos demais agentes nesse processo. Até o momento, pudemos constatar certa preocupação por parte da Comisión em garantir a declaração de monumentos e lugares históricos situados em todas as províncias e territórios do país, o que, possivelmente, se relaciona com a histórica trajetória de disputas entre as províncias argentinas e denota uma narrativa que promove a unidade nacional.

Texto completo: PDF