Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Por que ser “vadia” em 2017? Diálogos com organizadoras de Marchas das Vadias no Brasil
Morgani Guzzo

Última alteração: 2017-10-14

Resumo


Este trabalho é parte das reflexões realizadas no andamento de minha pesquisa de doutorado, cujo enfoque são as experiências políticas, estéticas e os afetos nas Marchas das Vadias organizadas em cidades brasileiras. A perspectiva feminista decolonial é a lente utilizada para, em diálogo com as sujeitas organizadoras das marchas, discutir os principais aspectos da construção dessa mobilização no contexto latino-americano ou do “Sul” global. Características como a horizontalidade, a autogestão, o enfrentamento à cultura do estupro, a luta por direitos sexuais e reprodutivos, a presença marcante da população trans e de trabalhadoras do sexo, além das críticas de feministas negras, colocam em evidência a questão da interseccionalidade nesse espaço, provocando-nos a pensar a multiplicidade de formas de organização, a diversidade de sujeitas e, até mesmo, a pluralidade das pautas - locais e globais – que constituem as Marchas das Vadias no Brasil. Assim, buscamos neste artigo, levantar e discutir, junto com as organizadoras das marchas, a continuidade da sua organização e realização até o presente, após seis anos da primeira SlutWalk canadense, enfocando os principais pontos que torna essa mobilização importante tanto em nível local (nas cidades) quanto global (para o feminismo), assim como os limites e desafios percebidos pelas organizadoras a cada nova edição.


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