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Educação para as relações étnico-raciais: a questão do livro didático
Última alteração: 2017-10-10
Resumo
O trabalho trata da educação para as relações étnico-raciais, na escola, especialmente no que se refere à negritude e a presença negra no livro didático. Trata-se de pesquisa bibliográfica, quanto à pertinência do material didático utilizado em escola rural e multiétnica. A invisibilidade do negro no processo político pedagógico no Brasil é uma prática recorrente que, desde o Brasil Colônia, não tem medido esforços para negar aos afros brasileiros seus direitos de cidadania e torná-los invisíveis nos mais diversos aspectos da vida social política e histórica do Brasil, e no campo das relações internacionais. A organização da escola é resultante de uma construção social, na qual as contradições se manifestam através do sujeito que, cotidianamente, nela se inter-relaciona, em que a construção das identidades étnico-raciais se dá a partir do olhar do outro, das regras sociais, da linguagem, da cultura e das normas que apontarão as perspectivas para as relações étnico-raciais. Neste trabalho pretendemos contribuir para análise sobre o tipo de educação que temos e que praticamos, especialmente no que se refere aos afrodescendentes. Na prática pode-se criar um olhar diferente sobre o educando afro e não afro no que se refere às relações culturais e históricas de cada etnia. Escolhemos esse tema, mesmo catorze anos após a promulgação da Lei Federal nº 10639/03, em função dos debates que têm surgido sobre esta e a dificuldade em sua implementação, muito embora haja vasto material didático para este fim. Assim, acreditamos que tal estudo possa colaborar com a implementação efetiva da legislação e, quiçá, contribuir para a construção de agentes facilitadores para a melhoria do processo educacional que invariavelmente é excludente e discriminatório.
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