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Esse  artigo  tem  por  intenção  através  da  revista  Playboy  analisar  os  discursos  e representações  sobre  a  construção  de  um  estilo  de  vida  que  gerou  uma  masculinidade hegemônica  e  heteronormativa  na  sociedade  brasileira  na  década  de  1980.  O  estudo  das masculinidades  na  perspectiva  do  gênero  tem  se  mostrado  cada  vez  mais  importante  para compreendermos que os homens não são apenas dominadores, mas dominados também por determinados  modelos  de  masculinidade.  Esse  modelo,  que  é  heteronormativo  e  se  impõe como  hegemônico,  perpassa  por  um  longo  caminho  na  formação  social  dos  sujeitos. Compreendemos  que  através  desse  periódico  voltado  para  o  público  masculino  se  buscou vender um  estilo  de vida que formava   uma masculinidade hegemônica, e que se colocava superior  as  demais  e  acessível  a  poucas  pessoas.  Nesse  sentido,  busca-se  compreender  as estruturas  que  sustentam  essa  masculinidade,  partindo  para  a  dominação  e  submissão  de mulheres  e  de  homens  também,  ou  seja,  compreender  como  a  masculinidade  hegemônica opera na sociedade marcada pelo machismo e suas consequências.