Última alteração: 2017-10-16
Resumo
Este trabalho pretende apresentar como o mapa é visto enquanto recurso didático e como ele tem corroborado para o ensino de história. A conjuntura atual de recursos didáticos históricos está, em suma, pautada na utilização de jornais, revistas, literatura, música, cinema, fotografia e até museus (entre os documentos não escritos na sala de aula). Ao priorizar os mapas, verificamos as possibilidades e limites de sua utilização em sala de aula, bem como, sua inserção no conjunto de outros documentos visuais. O uso do mapa no ensino de história não é uma questão frequentemente abordada pela produção sobre conhecimento histórico escolar. A ideia do mapa como ilustração, enunciador da veracidade, comprovador de uma localização, perpetua-se. Em meio à diversidade de documentos visuais podemos ressaltar os mapas como testemunhos concretos de um tempo, de uma mentalidade, da cultura; seja em seu caráter expansionista, político, científico. A imagem enquanto documento não deve ser considerada como mera ilustração de um texto escrito; a primeira dimensão visual que temos do mapa é acerca da territorialidade, fronteiras limitadas, o que nos leva, de imediato, a associá-lo com a disciplina de geografia. No entanto, o mapa como recurso didático no ensino de história objetiva assentá-lo (também) em uma dimensão temporal sobre a qual pouco refletimos.