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Acervos em rede: autoras de boas maneiras e suas construções de si
Última alteração: 2017-10-10
Resumo
O presente trabalho trata das construções de si por meio da constituição de acervos pessoais, no ambiente virtual, nas páginas de rede sociais de três jornalistas e autoras brasileiras de livros de etiqueta a boas maneiras. Com objetivo de evidenciar as múltiplas temporalidades negociadas na elaboração de estratégias de perenidade das obras das autoras, foram mobilizados como fontes três perfis do facebook com intuito de vislumbrar as formas utilizadas pelas autoras – ou suas acessorias – para revigorar os temas de suas obras e fomentar a sua atualidade. Sob a perspectiva do tempo presente, a problematização foi elaborada sobre as socializações de imagens nos perfis de Claudia Matarazzo, Danuza Leão e Glória Kalil, as quais dão a ver os estratos temporais constituintes de um presente que se alterna entre projetos futuros e referenciais do passado. Na condição de mulheres/autoras adaptadas ao meio digital, uma vez que, esse processo não fez parte da formação das gerações a que pertencem, suas redes socias se constituem em acervos pessoais alternativos, pelo caráter não material, publicizados para forjar determinada forma de ser e permanecer em sociedade, bem como, referências no tema de suas obras. A ocupação de espaço nesse suporte de divulgação, privilegiado pelo alcance e pelas facilidades de acesso e portabilidade na sociedade do século XXI, possibilita pensar sobre a tensão de passados e futuros no entendimento sobre um presente. Dessa forma, os acervos pessoais virtuais se apresentam como outros recursos no intento de guardar-se, perenizar-se e dar-se a ver na posteridade.
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