Sistema Eletrônico de Administração de Conferências - UDESC, III Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237 4078

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Frente Brasileira de Informações: imprensa e resistência no exílio
Greyce Falcão do Nascimento

Última alteração: 2017-10-14

Resumo


Nos últimos anos, multiplicaram-se os estudos dedicados à ditadura militar brasileira. Esse interesse tem contribuído para ampliação das temáticas analisadas com destaque para o trabalho da imprensa. Diante de inúmeras tentativas de discuti-la no âmbito da sociedade nesse período, é importante lançar luz aos periódicos publicados no exílio, temática ainda pouco explorada em nossa historiografia. Assim como atuou de forma decisiva, em alguns momentos, na preparação e sustentação do golpe, a imprensa também foi utilizada como ferramenta de resistência e enfrentamento à ditadura. Nesse momento da história houve uma grande preocupação com o chamado setor de informações, que incluía todos os órgãos de comunicação, objetivando vigilância e possíveis punições para qualquer tentativa de “subversão”. O controle das informações a serem divulgadas buscava preservar a imagem do governo, num exercício de busca de silenciamento e repressão a alguns veículos de imprensa no Brasil. Valendo salientar que durante as diferentes fases da ditadura, a imprensa brasileira vivenciou vários papéis; alternativa, clandestina, colaboracionista e exilada, expressando uma série de tendências políticas naquele momento.             O tema desse artigo é o Jornal Frente Brasileira de Informações - FBI. Fundado, dirigido e editado pelo ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, durante os quatorze anos em que viveu no exílio na Argélia. Buscaremos investigar a importância e repercussão do periódico no contexto da luta pela democracia e fim do arbítrio. O boletim circulou entre 1968 e 1973. Nesse momento o país vivia uma grande repressão política e multiplicavam-se as ações violentas e arbitrárias contra os opositores da ditadura.


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