Tamanho da fonte:
Corpos “ciborgues”: Uma análise fílmica a partir do gênero e da sexualidade no cinema argentino
Última alteração: 2017-10-13
Resumo
Esta comunicação abarca parte da minha pesquisa de doutorado, que tem como tema a investigação dos mecanismos de interdição, mas também de resistência dos corpos e do gênero de pessoas inseridas no universo da trangeneridade e intersexualidade, percebendo tanto as identidades que rompem com as fronteiras do binarismo, quanto as estruturas de poder que atuam nos meandros dessas relações e na construção de novas subjetividades. Essa temática é pensada a partir dos seguintes filmes argentinos: XXY (2007), El último verano de la Boyita (2009) e Mía (2011). Nesta apresentação, o objetivo é fazer uma análise imagética de algumas cenas dos filmes, sobretudo algumas simbologias ligadas aos corpos híbridos que elas evocam e que estão presentes nos desenhos emblemáticos e nas bonecas e seus corpos modificados da personagem Alex, em XXY (2007); passando pelas miniesculturas de cavalos de Mário, protagonista de El Último Verano De La Boyita (2009); até as constantes referências ao personagem Edward, mãos de tesoura, no filme e Mía (2011) Esses arquétipos remetem a corpos híbridos e ao “ciborgue” de Donna Haraway que o define como “uma criatura de um mundo pós-gênero que se recusa a ter algo a ver com a bissexualidade”, pois está sempre se construindo, é algo entre a realidade e a ficção.
Texto completo:
PDF